Tá chegando a hora! Faltam apenas 10 dias para a temporada 2020 da Fórmula 1 finalmente começar! Com o cancelamento de cinco corridas e o adiamento de outras provas devido à pandemia de coronavírus, o calendário teve de ser reformulado, e a primeira corrida será disputada no dia 5 de julho, em Spielberg (Áustria).
Depois de duas semanas de pré-temporada em Barcelona, na Espanha, o campeonato estava marcado para começar em março, na Austrália. No entanto, depois que um integrante da McLaren testou positivo para o Covid-19, o evento foi cancelado, e a direção da categoria foi obrigada a adiar outros GPs.
Por enquanto, apenas as oito primeiras corridas foram marcadas, todas na Europa. Espera-se que nas próximas semanas, mais eventos tenham suas novas datas oficializadas. A ideia da F1 é realizar mais provas na Europa e depois passar por Ásia, Américas e Oriente Médio para encerrar o campeonato em dezembro. Até segunda ordem, as corridas terão portões fechados ao público e rígidos protocolos de segurança para evitar o contágio dos envolvidos com os eventos.
Nos últimos três meses, se não houve ação na pista, não faltou agitação nos bastidores. Um pacote de corte de custos foi aprovado para salvar as equipes, Além disso, o mercado de pilotos teve diversas novidades, principalmente a confirmação da saída de Sebastian Vettel da Ferrari e a contratação de Carlos Sainz. Para substituir o espanhol, a McLaren acertou com Daniel Ricciardo.
Para marcar os 10 dias antes da abertura do campeonato, o GloboEsporte.com separou 10 motivos para você não perder o GP da Áustria nas plataformas da Globo!
1 – Palco da emoção
Lewis Hamilton e Nico Rosberg se tocam na Áustria — Foto: Reprodução / TV Globo
Nenhuma outra pista do calendário da Fórmula 1 teve corridas tão disputadas nas últimas temporadas como a de Spielberg. Desde a volta do circuito ao calendário, em 2014, por duas vezes houve trocas de liderança nas voltas finais – em 2016, Lewis Hamilton passou Nico Rosberg na última volta, enquanto no ano passado, Max Verstappen superou Charles Leclerc a três passagens da bandeirada final.
Além disso, em quatro das últimas seis provas em Spielberg, a diferença entre o primeiro e o segundo colocados foi de menos de dois segundos, e em todas o intervalo entre o vencedor e seu mais direto perseguidor foi de oito segundos ou menos. Promessa de emoção na abertura da Fórmula 1 em 2020!
2 – Pilotos “enferrujados”
Largada do GP da Áustria, em Spielberg — Foto: Getty Images
Os próprios pilotos admitiram que o começo da temporada deve ter alguns erros na pista pela falta de atividades por tanto tempo. Nesses últimos meses, o máximo que os pilotos tiveram foram corridas nos simuladores – a F1 até promoveu uma disputa virtual, com título simbólico para George Russell (Williams).
Sebastian Vettel pilota Ferrari de 2018 em teste privado em Mugello — Foto: Divulgação/Ferrari
Nos últimos dias, algumas equipes até promoveram testes privados com carros de anos anteriores, como manda o regulamento. Mas nada se compara à ação na pista com os carros atuais, que foram testados em 2020 durante apenas seis dias, em Barcelona. Com os pilotos ainda “enferrujados” e cheios de vontade de acelerar, será que veremos mais escapadas e batidas?
3 – Líder dentro e fora da pista
Lewis Hamilton em protesto em Londres Fórmula 1 — Foto: Daniel “Spinz” Forrest
Não bastasse o sucesso lado esportivo, o hexacampeão Lewis Hamilton vem se destacando em âmbito mundial após cobrar uma posição firme da Fórmula 1 e seus colegas de pista contra o racismo, depois do assassinato de George Floyd nos Estados Unidos por um policial.
Lewis Hamilton em protesto em Londres Fórmula 1 — Foto: Daniel “Spinz” Forrest
A chamada deu certo, e a categoria divulgou uma ação para promover a diversidade no esporte, sob a liderança do próprio Hamilton, único piloto negro na história da F1 e que também participou de um protesto antirracista em Londres. Com 84 vitórias e seis títulos, Lewis Hamilton está a apenas sete triunfos e um campeonato de igualar os recordes de Michael Schumacher. Cada vez mais, o inglês vem se tornando um líder não só dentro, como fora da pista. Por isso, Hamilton é sempre uma atração à parte.
Charles Leclerc esteve muito perto do fim de semana perfeito na Áustria no ano passado: pole position, o monegasco da Ferrari liderou desde a largada e parecia controlar a vantagem sobre os adversários. Mas aí apareceu Max Verstappen e partiu para um ataque brutal. Tão brutal, que os dois carros se tocaram, e o holandês assumiu a ponta.
Os dois mal se olharam no pódio, e Leclerc não escondeu a decepção. O incidente chegou a ser investigado pelos comissários, mas a vitória de Verstappen foi confirnada. Um ano depois, será que o mordido Leclerc terá condições de dar o troco em Max?
6 – Tour de despedida?
Sebastian Vettel e seu sinal característico nas vitórias: o número um com o indicador da mão direita — Foto: Charles Coates/Getty Images
Uma das notícias mais impactantes do ano na F1 foi a confirmação de que Sebastian Vettel não teve seu contrato renovado com a Ferrari para 2021. No entanto, o alemão ainda tem uma temporada pela frente na equipe, e resta saber se o tetracampeão continuará sua espiral descendente vista desde 2018 e amplificada com a chegada de Charles Leclerc ao time. Mais do que isso: às vésperas de completar 33 anos, Vettel pode estar partindo para sua última temporada. Como será seu desempenho?
7 – Aviso prévio
Daniel Ricciardo e Carlos Sainz nos testes de pré-temporada em Barcelona em 2020 — Foto: Bryn Lennon/Formula 1 via Getty Images
Não foi só Sebastian Vettel que movimentou o mercado da Fórmula 1 na quarentena. A Ferrari surpreendeu muita gente ao contratar o espanhol Carlos Sainz Jr. para o lugar do alemão, enquanto a McLaren resolveu chamar o australiano Daniel Ricciardo para 2021. Diante disso, fica a expectativa de como será o desempenho de Sainz e Ricciardo nas suas futuras ex-equipes. Será que eles, já tranquilos para o ano que vem, vão manter o foco? Ou vão querer provar que mereceram o investimento de outras equipes?
8 – Atraso providencial…
Mecânicos da Ferrari usam máscaras durante teste em Mugello — Foto: Divulgação/Ferrari
Nenhuma equipe saiu da pré-temporada com tantas questões a serem respondidas como a Ferrari. Em Barcelona, o novo modelo SF1000, que teve diversas alterações conceituais em relação ao seu antecessor, não demonstrou o mesmo desempenho de Mercedes e RBR. Depois da reabertura das fábricas após a pausa forçada pelo Covid-19, a Ferrari teria feito alterações importantes em seu projeto visando à temporada. Será que Charles Leclerc e Sebastian Vettel poderão brigar na frente?
9 – Nova realidade
Vettel e Leclerc com máscaras durante teste em Mugello — Foto: Reprodução/rede social
Como será a nova realidade da F1 em meio ao coronavírus? O que se sabe é que a categoria adotará protocolos rígidos de segurança sanitária para evitar o contágio dos integrantes das equipes e dos responsáveis pelos eventos. Público, nem pensar, pelo menos nas primeiras corridas. O isolamento dos envolvidos com a F1 e as populações locais, além do distanciamento social entre as pessoas dentro do ambiente dos autódromos, ainda são uma incógnita.
A vacina para o Covid-19 ainda não foi descoberta, e as primeiras corridas foram marcadas em países nos quais a pandemia está mais controlada. De qualquer forma, diante desse quadro, fato é que a Fórmula 1 finalmente voltará a ter ação na pista. E, com isso, chegará ao fim a “abstinência” dos fãs por todo o mundo. Nunca na história da F1 houve um intervalo tão longo entre o fim de um campeonato e o começo da temporada seguinte. Não à toa, a expectativa é enorme!
Por GloboEsporte.com