Cidades

Primeiro Encontro sobre Autismo de Jardim reúne especialistas, servidores, autoridades e sociedade

Na tarde de sexta-feira (21 de junho) o Centro de Convenções de Jardim sediou o 1° Encontro sobre Autismo do município. Na plateia, um público formado por servidores da Saúde, Educação, Assistência Social, representantes de diversos segmentos da sociedade, autoridades municipais, pais e responsáveis atípicos.

O evento contou com sete palestrantes altamente capacitados que abordaram temas pertinentes ao assunto, com o objetivo de ampliar o conhecimento do público jardinense, esclarecer e sanar possíveis dúvidas, além de despertar um olhar mais sensível a pacientes e familiares que convivem com esta condição. 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento. Mesmo assim, o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de estímulos para independência e qualidade de vida das crianças. 

Jeniffer Ribeiro Pessôa, professora da UEMS Jardim, doutora em Educação, pesquisadora do tema, conta que o TEA foi descrito pela primeira vez em 1943 por um médico psiquiatra austríaco chamado Leo Kaner: “Em 2023 completamos 80 anos desde o primeiro estudo. Não é algo recente, mas a palavra `espectro` é utilizada para justificar a variedade de características que o transtorno possui. Por esse motivo, é muito difícil o acesso ao diagnóstico. Então, essas pessoas por muito tempo foram invisibilizadas socialmente. Nesse sentido, eu considero que essa ação proposta pela Prefeitura de Jardim foi extremamente importante, visto que ela traz uma visibilidade muito grande e o conhecimento para a população acerca do que é o transtorno do Espectro do autismo”.

“Esse primeiro encontro sobre autismo de Jardim foi extremamente importante para trazer essas informações para a sociedade. Foi uma perspectiva de diversos profissionais. Nós tivemos ali advogado, psicólogos, fonoaudióloga… O diagnóstico do autismo e o acompanhamento da pessoa com TEA devem ser feitos por uma equipe multidisciplinar. E nesse sentido, pensando na continuidade desse trabalho que foi feito pelas secretarias da Saúde, da Educação e da Assistência Social, eu entendo que há necessidade de formações específicas para os profissionais que atuam dentro desses órgãos para oferecer o subsídio e, principalmente, eliminar as barreiras sociais que essas pessoas enfrentam. As barreiras, as dificuldades, não estão na pessoa com TEA, elas estão nos espaços públicos, nos espaços sociais, que muitas vezes não estão adaptados e não estão preparados para receber essas pessoas”, destacou a professora doutora Jeniffer.

Fonte:  Assessoria de Comunicação | Autor: Fabio Pellegrin

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