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Alvo da PF, irmão de integrante do PCC também é preso na fronteira

Foi identificado como Erico Anibal Martti Junior, de 29 anos, o segundo brasileiro preso investigado por agentes da PF (Polícia Federal) durante a manhã desta terça-feira (17). Ele é irmão de Tiago Godoy Martti, importante membro do PCC (Primeiro Comando da Capital), também capturado pela PF.

Conforme apurado pela reportagem, Erico passou por audiência de custódia em Ponta Porã, a 313 quilômetros de Campo Grande, durante o fim da tarde. A juíza responsável pela 2ª Vara Federal, Ana Claudia Manikowski Annes, homologou a prisão e determinou que o suspeito fosse encaminhado ao presídio local.

O processo que resultou na prisão dos irmãos tramita em segredo na Justiça Federal em Porto Alegre (RS). A PF não informou qual a participação de Erico no esquema, no entanto, o nome dele aparece como MEI (Microempreendedor Individual) sendo dono de loja de roupas na fronteira. Tiago também figura como proprietário de uma lanchonete, em Ponta Porã.

Tiago continua preso em território paraguaio e o procedimento de extradição dele deve ser concluído nesta quarta (17). De acordo com a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), o preso seria importante membro do PCC e responsável por um dos núcleos de lavagem de dinheiro do tráfico mantidos pela facção criminosa no Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai.

A prisão dele ocorreu no âmbito da Operação Vagus, deflagrada hoje pela Polícia Federal para cumprir mandados em nove cidades de cinco estados brasileiros. Apenas o núcleo do qual Tiago faz parte teria movimentado ao menos 15 milhões de dólares nos últimos dois anos.

De acordo com a nota enviada à imprensa, a PF destaca que a ação envolveu 190 policiais federais, que executaram mais de 34 mandados de busca e apreensão em Curitiba (PR), São José dos Pinhais (PR), São Paulo (SP), São Caetano do Sul (SP), Natal (RN), Ponta Porã, Chuí (RS), Bagé (RS) e Aceguá (RS).

A Operação Vagus é um desdobramento da Operação Operador Fenício II, deflagrada em novembro de 2022, que investigou crimes financeiros perpetrados na região fronteiriça entre Brasil e Uruguai. Naquela ocasião, voltou-se o foco para empresa localizada no Chuí, suspeita de receber grandes quantias de dinheiro de origem ilícita, com fortes indícios de envolvimento em lavagem de dinheiro e evasão de divisas. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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