Caniços, carretilhas, molinetes, linhas anzóis, iscas artificiais e até iscas vivas, bem como outros petrechos para a pesca sofreram um reajuste de preços que varia entre 30 e 50 por cento durante os últimos 15 dias, tanto em lojas físicas dos municípios que integram o Complexo Turístico da Serra do Bodoquena, como em mercados virtuais, como pode ser comprovado em pesquisa realizada pela reportagem do Jornal Estado do Pantanal.
O motivo é obvio: o fim da piracema nesse domingo (28) e a liberação da pesca a partir das 0 hora dessa segunda-feira (1º). É uma prática reprovável por parte dos com comerciantes, mas a maioria segue o sistema e diante do aumento considerável da procura, a partir de agora, procura recuperar as perdas ocorridas durante o período de defeso.
Portanto, se você é pescador tradicional, ou pretende dar “banho em minhoca” pela primeira vez, é bom fazer uma ampla consulta antes de jogar a isca, porque a diferente de preços entre um e outro estabelecimento pode chegar a 80%.
FIM DA PIRACEMA
O fim da piracema e o início da liberação da pesca profissional e esportiva a partir dessa segunda-feira deve voltar a aquecer diferentes setores do comércio em Guia Lopes da Laguna, Jardim, Bonito, Nioaque, Bela Vista e Porto Murtinho, além de outras cidades do entorno.
Muitos hotéis já têm reservas confirmadas e devem chegar perto de uma ocupação total até o próximo dia 15, como esperam os profissionais do setor. Da mesma forma, o comércio de iscas vivas, que teve grande dificuldade de encontrar alguns espécimes, diante da seca no Pantanal no final do ano passado (a maior dos últimos 60 anos), reabre suas portas com granes expectativas para esse início de março.
Com o final do período do defeso da piracema, a pesca está liberada para pescadores amadores e profissionais em quase todo o Brasil, mas é importante que o pescador fique atento às normas de captura, tamanho e locais permitidos para garantir a perpetuação dos cardumes.
O Ministério do Meio Ambiente estabelece o tamanho mínimo que cada espécie pode ser retirada dos rios, a quantidade que o pescador amador e profissional podem levar, os petrechos permitidos e lista trechos em que só é liberada a modalidade pesque e solte ou mesmo vedado qualquer tipo de pesca de algumas espécies. Lembrando que é preciso portar licença ambiental emitida pelo Ministério da Indústria e Comércio (Federal) ou licença estadual para exercer a pesca, tanto amadora quanto profissional. Só estão desobrigados de portar licença de pesca pessoas que praticam a pesca de subsistência.
REGRAS
Cada Estado possui suas regras e limitações baseadas em pesquisas e portarias elaboradas em cada um deles, dessa forma, o pescador precisa se ater a legislação para não ultrapassar a cota de captura e abater peixes abaixo das medidas mínimas estabelecidas.
Portando a licença, os pescadores amador ou profissional já estão aptos ao exercício da atividade. Para a pesca amadora é permitido o uso dos seguintes petrechos: linha de mão, puçá, caniço simples, anzóis simples ou múltiplos, vara com carretilha ou molinete. Esses mesmos petrechos podem ser utilizados por pescadores profissionais, que também estão liberados para utilizarem redes e tarrafas, mas há restrições quanto ao uso desses petrechos em alguns rios no Brasil. O pescador precisa se informar a esse respeito.
PROIBIDO
Mesmo com a liberação, fica proibida a pesca em lagoas e marginais, a menos de 500 metros de confluências e desembocaduras de rios, lagoas, canais e tubulações de esgoto; até 1.500 metros a montante e a jusante das barragens de reservatórios de empreendimento hidrelétrico, de mecanismos de transposição de peixes, cachoeiras e corredeiras. (Edmondo Tazza – MTE/MS 1266)