Além do mestre de obras Pablino Giménez Ledezma, de 57 anos, a polícia paraguaia também apreendeu outros dois filhos do criminoso, de 17 e 15 anos, além do filho mais velho, José David Gimenez Romero, de 22 anos, suspeitos de terem sido cúmplices do crime macabro, descoberto hoje em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã.
Todos eles estavam convivendo com mãe e filha mortas em casa há três ou quatro meses, conforme a polícia paraguaia. Os corpos de Patrociña Romero Olmedo, de 48 anos, e da filha Noelia Giménez Romero, de 20, foram encontrados na tarde desta terça-feira (2) sobre camas em dois quartos de uma residência precária no bairro Defensores del Chaco.
Os policiais foram acionados pelos vizinhos, incomodados com o mau cheiro que exalava há semanas da casa. Quando os policiais chegaram ao local, Pablino tentou impedir a entrada, mas os agentes da Polícia Nacional entraram na residência e nos quartos encontram os cadáveres das vitimas em avançado estado de decomposição.
Pablino confessou o crime. Ele disse que a filha estava possuída pelo demônio. O mestre de obras contou que matou Patrociña estrangulada como forma de sacrifício e “por ordem de Deus”, na esperança que ela ressuscitasse três dias depois.
Como a mulher não voltou à vida, Pablino, com a ajuda do genro e do filho mataram Noelia e também deixaram o corpo apodrecendo sobre a cama. “Matei em nome de Jejus”, disse Pablino. Em entrevista a repórteres da fronteira, ele afirmou que escuta “vozes divinas”.