Em sua 18ª fase, a Operação Sentinela da Polícia Civil – coordenada Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) – levou três indivíduos suspeitos à prisão depois que cerca de 15 mil arquivos ligados à pornografia infantil foram encontrados em Três Lagoas na manhã desta sexta-feira (03).
Essa ação contou com apoio da Polícia Federal; do Departamento de Recursos e Apoio Policial (DRAP); da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DAM) de Três Lagoas e até mesmo de denúncias feitas pelo Centro Nacional dos Estados Unidos para Crianças Desaparecidas e Exploradas (do inglês National Center for Missing & Exploited Children – NCMEC),
Importante destacar que, os agentes da polícia civil foram a campo após seis meses de investigação, desempenhada pelo Núcleo de Inteligência Policial da DEPCA, monitorando atividades ilícitas em ambiente virtual.
Três indivíduos foram identificados em Três Lagoas, por suposto envolvimento no armazenamento de vídeos e fotos com cenas pornográficas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes.
Expedidos os três mandados de busca e apreensão contra os suspeitos, a polícia pôde encontrar provas nos aparelhos de cada um dos alvos, que levaram à prisão em flagrante.
Em análise, os técnicos identificaram um grande volume de arquivos, que somaram mais de 13 mil imagens e dois mil vídeos relacionados ao conteúdo criminoso enquadrado no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Como bem esclarece o ECA, é considerado crime: adquirir, possuir ou armazenar material que contenha qualquer forma de registro de sexo ou pornografia envolvendo crianças ou adolescentes.
Operações de combate
Diante dessa 18ª fase, cabe lembrar da ação da PF ainda na semana passada, que levou um indivíduo à prisão em Corumbá e soma-se às fases “V e VII” da Operação Rede Limpa, que teve suspeitos presos em Campo Grande e também Costa Rica.
Sendo uma ação permanente, a Operação Sentinela obteve destaque em outras fases passadas, como a etapa deflagrada em 14 de setembro de 2022, quando cerca de nove mil arquivos de conteúdo pornográfico infantil foram apreendidos.
Nesse caso, uma mulher de 26 anos, moradora do bairro Coophasul na Capital, foi presa suspeita de atrair menores de idade para a prostituição.
No mesmo dia, no extremo oposto de Campo Grande, no bairro Jardim Noroeste, um homem de 22 anos, estagiário em órgão público da Capital, também foi preso sob a suspeita de compartilhar e arquivar fotos e vídeos de cunho sexual de crianças e adolescentes.
Com o caso desta sexta-feira (03) a Polícia Civil reforça o caráter de proteção à criança que tem essa Operação, alegando vigilância ativa para enfrentar essa realidade de combate a “tão graves e repugnantes”, completa a PC em nota.