Politica

Rose solicita substituição na Sudeco e agora a pré-candidatura é irreversível

Pré-candidata à prefeita de Campo Grande pelo União Brasil, a ex-deputada federal Rose Modesto ingressou com o pedido de substituição no comando da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e o cargo será ocupado pela atual diretora de administração da superintendência, Luciana de Sousa Barros.

A informação foi repassada ontem ao Correio do Estado por Rose Modesto, reforçando que sua pré-candidatura é irreversível. “Não tem mais a possibilidade de não sair candidata à prefeita. A minha pré-candidatura está posta e a minha saída da Sudeco é definida”, afirmou.

Ela explicou à reportagem que não é uma exoneração, mas um pedido de troca de comando. “Estamos pedindo substituição de nomes e já está em trâmite, aguardando o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, assinar os formulários para colocar a consulta do nome da Luciana Barros”, revelou.

Rose Modesto explicou que não se trata de uma exoneração, para não correr risco de demiti-la e o cargo ficar vago. “O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional pediu para encaminhar dessa forma”, explicou.

“É o trâmite mesmo, muito burocrático, porque não é só a minha saída, mas também a nomeação da nova superintendente. Por isso, tem de passar por consulta do ministro Waldez Góes e também do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa”, argumentou.

A atual titular da Sudeco repassou ao Correio do Estado uma cópia do e-mail do responsável pelo trâmite no Ministério da Integração Regional, solicitando a documentação à atual diretora de administração, Luciana Barros.

No e-mail, Sidney de Almeida Alves explica que, “tendo em vista a sua indicação para o cargo de superintendente, CCE 1.17, da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, segue formulários para preenchimento e assinatura”.

Ainda no e-mail, o técnico do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional chega a pedir currículo atualizado, cópia do RG ou CNH e documentação comprobatória referente à experiência profissional de Luciana, bem como os cargos em comissão ou funções comissionadas já ocupadas por ela.

ESPECULAÇÕES

A demora na saída da pré-candidata à prefeita da Capital do comando da Sudeco fez aumentar as incertezas relacionadas com o pleito do dia 6 de outubro, pois, para os articulistas políticos, o atraso dela em deixar o cargo federal poderia significar um recuo ou até mesmo uma negociação partidária.

Segundo apurou o Correio do Estado, na pior das hipóteses, esses articulistas já estariam trabalhando com a desistência da ex-deputada federal de disputar as eleições deste ano para garantir a permanência no cargo federal, algo que já foi negado por ela em outras oportunidades, pois, após o pleito, estaria certo seu retorno na eventualidade de não vencer a disputa.

Enquanto, no melhor dos cenários, conforme os articulistas, Rose estaria negociando ser vice de alguma pré-candidatura mais forte, suposição também questionável, pois a ex-parlamentar federal aparece como líder ou, no máximo, segunda colocada em todas as pesquisas de intenções de votos. Portanto, não teria sentido tal atitude.

Agora, com a oficialização da saída de Rose Modesto do comando da Sudeco, as atenções ficam voltadas para o ex-governador André Puccinelli (MDB), que também é pré-candidato a prefeito da Capital. Há uma grande possibilidade de ele abrir mão da disputa por falta de recursos financeiros.

Caso isso realmente ocorra, a ex-deputada federal já deixou bem claro que espera contar com o apoio dele a sua pré-candidatura. “Na verdade, eu tenho sempre um bom diálogo com toda a classe política, e com o André não é diferente”, disse em entrevista à Rádio CBN Campo Grande e ao Correio do Estado.

“E, em uma das reuniões que a gente teve, ele falou, ainda decidindo se seria ou não pré-candidato, que, quem estivesse melhor nas pesquisas, teria o apoio do outro. E aí é preciso entender o que é estar melhor, pois nem sempre quando você está com três, quatro, cinco ou seis pontos percentuais na frente, representa estar melhor”, detalhou.

Rose completou que pesquisas internas encomendadas pelo União Brasil mostraram que a rejeição dela era pequena, ou seja, que teria poder de crescimento nas intenções de votos.

“A capacidade de pessoas que podem votar em mim é maior do que o porcentual de pessoas que poderiam votar no André. Então, na minha avaliação pessoal e técnica, acredito que estou melhor e, por isso, vou buscar o apoio dele”, garantiu.

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